Concepções de Socialização
Textos
Grupo 1
Os
indivíduos e a história A História
não faz nada, “não possui nenhuma riqueza imensa”, “não luta nenhum tipo de luta”! Quem faz tudo
isso, quem possui e luta é, muito antes, o homem, o homem real, que vive; não
é, por certo, a “História”, que utiliza o homem como meio para alcançar seus fins
-como se se tratasse de uma pessoa à parte
-, pois a História não é senão a atividade do homem que persegue seus
objetivos. (MARX, Karl; ENGELS, FRIEDRICH. A sagrada família. São Paulo:
Boitempo, 2003, p. 111). |
Comente: 0 "homem real" faz a História.
Estabeleça uma relação com processo de constituição da sociedade.
Grupo 2
A sociedade, a educação e os indivíduos [...] cada sociedade, considera num momento determinado do seu desenvolvimento,
tem um sistema de educação que se impõe aos indivíduos como uma força geralmente
irresistível. É inútil pensarmos que
podemos criar os nossos filhos como queremos. Há costumes com os quais temos
que nos conformar; se os infringimos, eles vingam-se em nossos filhos. Estes, uma vez adultos, não se encontrarão
em condições de viver dos seus contemporâneos, com os quais não estão em
harmonia. Que tenham sido criados com
ideais muito arcaicas ou muito prematuras, não importa; tanto num caso como
noutro, não são do seu tempo e, por conseguinte, não estão em condições de
vida normal. Há, pois, em cada momento do tempo, um tipo regulador de
educação de que não podemos desligar sem
chocar com as
vivas resistências que
reprimem as veleidades das
dissidências. (DURKHEIM, Émile.
Educação
e Sociologia. Lisboa: Edições 70, 2001, p. 47 |
Comente: A força da
sociedade está justamente na herança passada por intermédio da educação às
gerações futuras.
Grupo 3
Sobre a ação social A ação social (incluindo tolerância ou omissão) orienta-se pela
ação dos outros,
que podem ser passadas, presentes ou esperadas como
futuras (vingança por ataques anteriores, réplica e ataques presentes,
medidas de defesa diante de ataques futuros). Os “outros” podem ser
individualizados e conhecidos ou então uma pluralidade de indivíduos indeterminados
e completamente desconhecidos (o “dinheiro”, por exemplo, significa um bem-de-
troca – que o agente admite no comércio porque sua ação
está orientada pela
expectativa de que
outros muitos, embora indeterminados e desconhecidos, estarão dispostos também
aceitá-lo, por sua vez, numa troca futura). [...] Nem toda espécie de contato
entre os homens é de caráter social; mas somente uma ação, com sentido próprio,
dirigida para a ação de outros. Um choque de dois ciclistas, por exemplo, é
um simples evento, como um fenômeno natural. Por outro lado, haveria ação
social na tentativa dos ciclistas se desviarem, ou na briga ou considerações
amistosas subsequentes ao choque. (WEBER, Max. Ação social e relação social.
In: FORACCHI, Marialice Mencarine; MARTINS, J. de Souza. Sociologia e
sociedade. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos, 1977, p. 139). |
Explique: Por que as
pessoas tomam determinadas decisões? Quais são as razões para seus atos?
Grupo 4
Escolhas e repercussão social Toda sociedade grande e complexa tem,
na verdade, as duas qualidades: é muito
firme e muito elástica. Em seu interior, constantemente se
abre um espaço
paras as decisões
individuais. Apresentam-se oportunidades que podem ser aproveitadas ou
perdidas. Aparecem encruzilhadas em que as pessoas têm de fazer escolhas, e
de suas escolhas, conforme sua posição social, pode depender seus destinos pessoais
imediatos, ou de uma família inteira, ou ainda, em certas situações, de
nações inteiras ou de grupos dentro delas. Pode depender de suas escolhas que
a resolução completa das tensões existentes ocorra na geração atual ou somente
na seguinte. Delas pode depender a determinação
de qual das pessoas ou grupos em confronto, dentro de um sistema particular de
tensões, se tornará o executor das transformações para as quais as tensões
estão impelindo, e de que lado e em que lugar se localizarão os centros das novas
formas de integração rumo às quais se deslocam as mais antigas, em virtude,
sempre, de suas tensões. Mas as oportunidades entre as quais a pessoa assim
se vê forçada a optar não são, em si mesmas, criadas por essa pessoa. São
prescritas e limitadas pela estrutura específica de sua sociedade e pela natureza
das funções que as pessoas exercem dentro dela. E, seja qual for a
oportunidade que ela aproveite, seu ato se entremeará com os de outras
pessoas; desencadeará outras sequências de ações, cuja direção e resultado
provisório não dependerão desse indivíduo, mas da distribuição do poder e da
estrutura das tensões em toda essa rede humana móvel. (ELIAS, Norbert. A sociedade
dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994, p. 48). |
Relacione
a ideia do texto com: 0 jogador
brasileiro Ronaldo após a partida entre os times do Brasil e da França na Copa
do Mundo de 2006, em Frankfurt, Alemanha, expressou a sua derrota.
Grupo
5
Habitus, o que é isso? Os habitus são princípios geradores
de práticas distintas e distintivas - o que o operário come, e, sobretudo,
sua maneira de comer, o esporte que pratica e sua maneira de praticá-lo, suas
opiniões políticas e sua maneira de expressá-las diferem sistematicamente do consumo
ou das atividades correspondentes do empresário industrial; mas são também
esquemas classificatórios, princípios de classificação, princípios de visão e
de divisão e gostos diferentes. Eles estabelecem as diferenças entre o que é
bom e mau, entre o bem e o mal, entre o que é distinto e o que é vulgar etc.,
mas elas não são as mesmas. Assim, por
exemplo, o mesmo comportamento ou o mesmo bem pode parecer distinto para um,
pretensioso ou ostentatório para outro e vulgar para um terceiro. (BOURDIEU,
Pierre. Razões práticas. 4ª ed. Campinas: Papirus, 1966, p. 22). |
Responda
associando com as ideias do texto: “Para que ingressar em um curso superior
se depois não terei possibilidade de exercer a profissão?”
Comentários
Postar um comentário