Atividades Filosóficas
Prof. Vinicius Almeida - Squad: 1º ano
Unidade I - Organização Sistemática do Pensamento Filosófico
A dúvida
1. Atividade - Rotação por rotação
Grupo 1: Suspensão do Juízo
Grupo 2: Regras da razão
Grupo 3: Atitudes Filosóficas
(Caso você seja designado para um grupo específico. Ao terminar passa para a atividade de outro grupo de sequência). Exemplo: Se for 1, ao terminar faça a atividade do grupo 2 e assim sucessivamente).
1.1 Suspensão do juízo
Leia o texto
Uma condição importante para começar duvidar de maneira filosófica é praticar a suspensão do juízo - assim se denomina a interrupção – assim se denomina a interrupção tempo do fluxo de ideias prontas que uma pessoa possui sobre determinado assunto. É uma espécie de duvidar das próprias crenças. Por exemplo: tenho o seguinte juízo: “Ele é mau”. Suspensão do juízo; “Ele é mau?”, “O que é ser mau?”, Como ele é?” e assim por diante. Para que serve suspender temporariamente os juízos?
Para escapar dos limites impostos por nossos preconceitos e permitir que outras percepções afluam à nossa mente. Novamente aqui a disposição para escutar revela-se muito importante, pois é somente dessa forma que nos abrimos à possibilidade de reunir um número maior de antecedentes ou conhecimentos fundamentais sobre o assunto que estamos investigando. Somente depois de cumprir esses passos é que podemos voltar a formular um juízo, isto é, nossa opinião a respeito do tema investigado, agora de maneira mais estruturada e justificada: sob a forma de um raciocínio ou argumento (estudaremos mais adiante).
A dúvida filosófica não é, portanto, ociosa, não é uma especulação vazia ou fútil, nem constitui uma prática meramente destrutiva, um questionar por questionar, uma chatice de quem não tem o que fazer (o chamado “espírito de porco”). A pessoa que pratica visa se articular racionalmente no sentido de construir de uma explicação sólida e bem fundamentada, um conhecimento claro e confiável sobre o tema que é objeto de sua preocupação. Fonte: (COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. Fundamentos da Filosofia. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016. p. 43).
Atividade para pensar no contexto
O ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush (entre 2001 e 2009) repetiu pronunciamentos como estes, encontrados na mídia, várias vezes durante seu governo: “A inteligência reunida por este e outros governos não deixa dúvidas de que o regime do Iraque continua a possuir e a ocultar algumas das armas mais letais já feitas. Não há dúvida em minha mente, Saddam Hussein é uma ameaça grave e crescente contra [os Estados Unidos da América] e o mundo.
Pesquise sobre o momento recente da história política internacional. O que pode ter levado o ex-presidente estado-unidense a ter tanta certeza? Houve suspensão do juízo e isenção nas investigações realizadas na época? Que lições você extrai desse episódio? Apresente as ideias desta pesquisa no Word.
1.2 Regra da razão
Para construir explicações sólidas e bem fundamentadas sobre as coisas é preciso ter método, isto é, uma forma sistemática e organizada de realizar a investigação sobre o assunto em questão, geralmente seguindo um conjunto de regras ou princípios reguladores. A filosofia não tem um método exclusivo de investigação, pois ele varia conforme a tradição filosófica à qual pertence o pensador.
Existe, porém, um princípio ou regra básica que você, e tudo o que se afirma ou nega deve ser demonstrado, isto é, explicado por meio de uma argumentação sólida. Por enquanto, lembre-se de que, para filosofar, é importantíssima, a regra da razão: você tem de dar razões, isto é, justificativas racionais para suas opiniões. Essas razões devem estar articuladas de maneira coerente, não contraditória, e, se houver alguma que seja duvidosa, a explicação cai por terra – você não conseguiu demonstrar sua opinião. Fonte: (COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. Fundamentos da Filosofia. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016. p. 44).
Pense neste contexto
Pol Pot, ao final de sua vida, declarou que estava seguro de ter uma consciência limpa. Mas deveria ter estado seguro? Não era evidentemente inadequada a confiança com que ele acreditava não ter sido responsável pela execução de tantos delitos? (HETHERINGTON, Filosofia! Una breve indroduccíon a la metafísica y a la epistemología, p, 302; tradução nossa).
Atividade para pensar no contexto
Pesquise quem foi Pol Pot e o que realizou. Depois, discuta com sua ilha sobre a questão levantada pelo autor nessa citação. Exponha sua opinião e escute as dos demais, argumente e contra-argumento. Enfim, troque ideias de maneira filosófica. Faça um mapa mental no Canva.
1.3 Atitude Filosófica
A atitude filosófica possui algumas características que são as mesmas, independente do conteúdo investigado. Essas características são:
• Perguntar o que é (uma coisa, um valor, uma ideia, um comportamento) - a filosofia pergunta qual é a realidade e qual é a significação de algo, não importa qual;
• Perguntar como é (uma coisa, uma ideia, um valor, um comportamento) – a filosofia indaga como é a estrutura ou o sistema de relações que constitui a realidade de algo;
• Perguntar por que é (uma coisa, uma ideia, um valor, um comportamento – por que algo existe, qual é origem ou a causa de uma coisa, de uma ideia, de um valor, de comportamento.
A atitude filosófica inicia-se dirigindo essas indagações ao mundo que nos rodeia e as relações que mantemos com ele. Pouco a pouco, descobre que essas questões pressupõem a figura daquele que interroga e que elas exigem que seja explicada a tendência do ser humano de interrogar o mundo e a si mesmo com o desejo de conhecê-lo e conhecer-se. Em outras palavras, a filosofia compreende que precisa conhecer nossa capacidade de conhecer, que precisa pensar sobre nossa capacidade de pensar.
Por isso, pouco a pouco as perguntas da filosofia se dirigem ao próprio pensamento “O que é pensar?”, “Como pensar?”, “Por que há o pensar?”. A filosofia torna-se, então, o pensamento interrogando-se a si mesmo. Por ser uma volta que o pensamento realiza sobre si mesmo, a filosofia se realiza como reflexão, ou, seguindo o oráculo de Delfos, busca realizar o “Conhece-te a ti mesmo”. Fonte: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia: Ensino Médio, volume único. São Paulo: Ática, 2010. _p. 21-22).
Atividade para pensar no contexto
Num livro do século XIX do anarquista russo Bakunin, Stalin sublinhou a seguinte frase: “não perca tempo duvidando de si mesmo, porque este é o maior desperdício de tempo jamais inventado pelo homem”. (VOLKOGONOV, Stalin: triunfo e tragédia, v. 1, p. 156).
Pesquise quem foi Stalin e o que realizou. Depois, com base na biografia dele, elabore com sua ilha suposições (conjecturas) sobre o que teria levado o líder soviético a sublinhar tal frase. Stalin teria aprovado ou desaprovado a frase de Bakunin? Apresente o discutido em um Power Point.
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