Santo Agostinho

 


A Alma 

Agostinho  - Alguma vez conseguiu ver com os olhos do corpo a noção de ponto, linha ou latitude?

Evódio - Nunca, pois não é coisa corpórea.

AG - Logo, o corpóreo, por singular semelhança, natural, é visto com os olhos. E a alma, pelo qual  vemos o incorpóreo e entendemos  o seu conceito, é preciso não seja corpo, nem algo corpóreo. Ou pensa de outra maneira?

EV - Está bem, admito que a alma não é corpo e nem coisa corporal. Diga, finalmente, o que  ela é?

AG - Primeiro vamos considerar que a alma está feita de tal modo a não necessitar da quantidade alguma, do tipo do que antes consideramos. E me admiro muito do que  não saiba o que é a alma, ou tenha esquecido, pois, já o demonstramos antes. [...]

AG - Não suponha que a alma, pela progressão na virtude, cresça com idade do corpo. Não se trata de crescimento da alma, mas pela harmonia  constante que a faz mais perfeita. Se uma noção é a de maior, outra a de melhor, e parecendo que a alma cresce com a idade, até chegar ao uso da razão, não acho que se torne maior, e sim melhor.  E se isto de devesse ao tamanho do corpo, um sujeito alto e forte deveria ser mais prudente que os demais, e isso nem sempre acontece. (Agostinho, Sobre A Potencialidade da Alma

Sobre O livre arbítrio: Leia o capítulo XI - A alma que se entrega à paixão por livre vontade é justamente punida.

Sobre o Pecado. Leia o capítulo I do Livro II: Por que Deus nos deu a liberdade de pecar?

Sobre o livre arbítrio . Leia o capitulo II do Livro II: Se o o livre arbítrio foi concedido para o bem, como ele pode ser usado para o mal?

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